Lula Pena, cantora-poeta, é uma mulher do mundo inteiro, única e profunda, inspirada em múltiplas referências. A sua voz dominante preenche o seu mais recente álbum, “Archivo Pittoresco”. Dominando um estilo seu a tocar guitarra, que nos concentra a atenção, um trovar/trocar de línguas latinas, sotaques, inquietações e esperanças que nos envolvem e transportam, Lula canta em português, francês, inglês, espanhol, grego e italiano, com a maior liberdade e consequência do mundo.

Antes, entra na sala de estar do Três a Solo, O Gajo, João Morais, que depois de 28 anos no circuito Punk Rock, escolhe a Viola Campaniça, um instrumento histórico de raiz tradicional, para ligar a sua música à terra que o viu nascer, Portugal. Música instrumental com referências arábicas e mediterrânicas numa nova linguagem para um instrumento antigo, que na sua melhor tradição renasce pelas mãos d' O Gajo como um escultor de pássaros livres.

A primeira parte deste espetáculo está a cargo de Yosune. A cantora e compositora é uma artista fundamentalmente eclética e do mundo. Nascida na Venezuela e de origem basca, apresentará - com o seu “cuatro”, instrumento de cordas típico do seu país natal - algumas das composições que farão parte do seu próximo trabalho.

Vaz Oliver, que encerrará a primeira noite no café-concerto, é um compositor espanhol, multi- instrumentista e mestre do live-looping, que começou a destacar-se na cena cultural madrilena com os seus trabalhos e as suas performances ao vivo. Após uma primeira passagem bem- sucedida pelo nosso país, volta com o seu mais recente disco, homónimo, lançado nos finais de 2018.

Antes, o palco é tomado de assalto pela graciosa Daniel Catarino conheceu muita da música que o viria a influenciar pela antena parabólica da loja de eletrodomésticos da família e pelo seu radiodespertador. É um cantautor natural de Cabeção, no Alentejo, e é já presença habitual nos palcos nacionais, com o seu cançonetismo de rebeldia poética adulta. “Sangue Quente Sangue Frio” é o seu novo álbum, a rodar nas rádios nacionais.

João Praça, natural de Vila do Conde, João Praça abre a primeira noite do Três a Solo 2019. A sua envolvência na música começou como baterista, com projetos como Fora de Cena e Morrosol. Equilíbrio de Humores é feito de músicas e letras originais criadas inicialmente apenas com guitarra clássica e voz. Atualmente, o músico recorre também a guitarra elétrica e a alguns efeitos.